06/10/2009

AMALIA RODRIGUES "MEU AMOR, MEU AMOR"



Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.

Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.

Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento

este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.

(Música: Alain Oulman
Letra: Ary dos Santos
In: "Com que Voz", 1968
"UNL - Literatura")

2 comentários:

mfc disse...

A gente não se cansa.

Manuel Luis disse...

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