25/11/2010

A anémona dos dias

Aquele que profanou o mar
E que traiu o arco azul do tempo
Falou da sua vitória

Disse que tinha ultrapassado a lei
Falou da sua liberdade
Falou de si próprio como de um Messias

Porém eu vi no chão suja e calcada
A transparente anêmona dos dias.



“No Tempo Dividido e Mar Novo”, Edições Salamandra, 1985, p. 67

1 comentário:

Bípede Falante disse...

Não tem filosofia que sobreviva à realidade, infelizmente.
beijos