25/04/2011

À Pátria


Symphony «À Pátria», Vianna da Motta (6/6)

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Como compositor, Vianna da Motta deixou uma produção considerável. A sua obra mais conhecida, a Sinfonia ‘À Pátria’, foi composta em 1895 e executada pela primeira vez no Porto dois anos mais tarde. Cada um dos quatro movimentos é um reflexo de poemas de Luís de Camões. A sua Ballada Op 16—composta em 1905 e baseada em duas canções populares portuguesas, ‘Tricana da Aldeia’ e uma ‘Avé Maria’—é sem dúvida o seu trabalho mais maduro para piano. A primeira canção é tratada sob a forma de variação e a segunda serve de coda tranquila para uma obra dramática e virtuosa. Esta obra é semelhante na forma à Ballade em Sol menor de Grieg, e é interessante notar que no seu livro Meister des Klaviers Walter Niemann se refere a Vianna da Motta como ‘o Grieg português’.

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Vianna da Motta morreu em Lisboa em 1948. A sua música permanece no espírito do nacionalismo luso: a sua importância não pode ficar melhor ilustrada do que quando a sua dança popular Chula foi transmitida repetidamente pela Rádio Televisão Portuguesa (RTP) durante a revolução de 1974, quando Portugal se tornou uma República Democrática. Foi esta obra que melhor ilustrou a importante ocasião da ressurgência do orgulho nacional português.


Artur Pizarro

1 comentário:

mfc disse...

25 de Abril.... sempre!