01/11/2011

Revisitações

Se eu como ele, o meu amor
tão anterior assim ao próprio amor,
o cajado e a pele por simbólica mão,
e o perfume que em mim,
então,


talvez eu te fizesse
sentir sem que o soubesse,
ao certo,
o chamamento à noite, falar
muito de noite e nela adormecer.
Longuíssima e final. Mas nova sempre.
Reencarnando os tempos e as datas.


De memórias tão curtas. E do fim
mais final do esquecimento.
Ter encontrado há pouco coisa dada
há quantos anos? Trinta?
«Não te esqueças de mim.»



Ana Luísa Amaral
Às vezes o paraíso
Anos 90 e agora
Quasi,2001


Claude Debussy - CLAIRE DE LUNE

2 comentários:

Bípede Falante disse...

De verdade, acho que ninguém esquece ninguém, ainda que tente. Mal ou bem, todo mundo se lembra de alguém em alguns momentos.
beijoss

mfc disse...

Há coisas que nunca esqueceremos por mais tempo que corra sobre isso!