António Carneiro ( 1872 - 1930 )
Porto Azul, óleo sobre tela, 1925
Casa-Oficina António Carneiro
Foto de Maria Pereira
António Carneiro pintou um trecho da cidade do Porto, cobrindo a massa arquitectónica com uma neblina azul-acinzentada. É um Porto melancólico, com a acalmia própria retratada pela atmosfera e pelo cenário da malha urbana da Sé.
Poema de António Carneiro, 6 -III- 1913
Casa-Oficina António Carneiro
Foto de Maria Pereira
Casa-Oficina António Carneiro
Foto de Maria Pereira
Alma: Enigma
Pretendes conhecer-me. E, vão intento,
Nas crispações das faces e no olhar,
Com afinco procuras encontrar
A afirmação do teu pressentimento.
Mas a minha alma, que reflecte o Mar
No seu louco tumulto e pensamento,
Mais orgulhosa oculta o seu tormento,
Não grita a sua dor, sabe calar.Não podes conhecê-la. Porventura
Alguém pode sondar a profundura
Duma alma? Quantas vezes estremeço
Ao pensar, eu, que me esqueço a sondá-la
- Após tanto medir e interrogá-la
Que afinal também me desconheço!...
Nas crispações das faces e no olhar,
Com afinco procuras encontrar
A afirmação do teu pressentimento.
Mas a minha alma, que reflecte o Mar
No seu louco tumulto e pensamento,
Mais orgulhosa oculta o seu tormento,
Não grita a sua dor, sabe calar.Não podes conhecê-la. Porventura
Alguém pode sondar a profundura
Duma alma? Quantas vezes estremeço
Ao pensar, eu, que me esqueço a sondá-la
- Após tanto medir e interrogá-la
Que afinal também me desconheço!...
Poema de António Carneiro
Busto de António Carneiro.
Foto de Maria Pereira
Casa-Oficina António Carneiro
Foto de Maria Pereira
Casa-Oficina António Carneiro
António Carneiro
1872-1930
Pintor, escultor, ilustrador, poeta, professor...
Sem comentários:
Enviar um comentário